quarta-feira, 23 de agosto de 2017

Compartilhando - Carta aos pais dos alunos do Nível IV

Srs. Pais ou Responsáveis;
Os alunos do nível IV encontram-se em um momento muito especial da aprendizagem: começando a refletir sobre as letras e numerais. Não é intenção de nossa escola que eles estejam alfabetizados nesse ano, mas estamos realizando estratégias para que eles despertem a curiosidade sobre o mundo mágico das letras e desenvolvam uma postura que possibilite a alfabetização nos anos seguintes.

A postura que as professoras e pais adotam nesta etapa é fundamental para os próximos anos em que realmente iremos querer que a criança se alfabetize. Assim sendo, elaboramos algumas orientações para que os senhores possam auxiliar nesse processo. Esperamos poder contar com a colaboração de todos:

  1. BEBÊ NÃO APRENDE A LER E ESCREVER, quem aprende são crianças. Se tratarmos os filhos como bebês eles não assumirão a responsabilidade e a postura frente aos desafios da escrita. Crianças de 4 anos não são mais bebês e tratá-las como tal atrasa o desenvolvimento.

  1. NÃO DÊ TUDO NA MÃO. Aprender as letras exige esforço e reflexão. Crianças que recebem tudo na mão e não desenvolvem a postura de “ir atrás” do que desejam demoram mais no processo de aprendizagem do código escrito;




  1. FALAR CORRETAMENTE É MUITO IMPORTANTE PARA APRENDER A ESCREVER.  Aos 4 anos o aparelho fonoaudiológico já está formado por completo. Portanto é hora de a criança pronunciar as palavras corretamente. Caso a criança esteja realizando trocas como “faca, para a palavra vaca, trocando F por V”, trocas de T por D,  C por G enquanto fala, ela tem grandes chances de não compreender bem o som das letras e isso será transposto para a escrita. Aos 4 anos já é momento de procurar uma fonoaudiológa se estiverem ocorrendo essas trocas.

  1. NÃO ESCREVA PARA A CRIANÇA COPIAR: DITE AS LETRAS. Essa altura do ano os alunos do nível 4 já devem estar conhecendo quase todas as letras do alfabeto. Incentive a criança para que queira escrever; não faça em um papel para a criança copiar: vá ditando cada letra, ou até mesmo fale um pedacinho da palavra e pergunte “Qual letra você acha que faz esse som?” – se a criança não acertar não tem problema, ainda é cedo para isso, essa estratégia é somente um estímulo – informe pacientemente qual a letra. Cópia não gera reflexão, não gera aprendizagem, leve a criança a refletir.

  1. DIGA SEMPRE O QUANTO ELA É CAPAZ! Não grite, não perca a paciência ou dê tudo prontinho: todas esses extremos fazem a criança perder a crença na própria capacidade de aprender. Elogie, desafie e mostre que ela é muito capaz, é só se esforçar!

“Amar é ensinar o outro a caminhar. Não carregue no colo quem já sabe andar”

Atenciosamente;

Diretora Pedagógica Camila Almeida e Equipe CED.

quarta-feira, 19 de julho de 2017

QUAIS A VANTAGENS E AS DESVANTAGENS DE MATRICULAR O FILHO NA ESCOLA NO MEIO DO ANO, OU TROCAR DE ESCOLA?

O meio do ano é um momento em que diversos pais avaliam a possibilidade de iniciar o filho no ambiente escolar, ou, trocar de escola.. Diversas escolas estão com matrículas abertas, mas será que é positivo a criança iniciar no meio do ano? O que pode dificultar e o que pode  contribuir para a criança?

Nesse texto, a coordenadora pedagógica do Centro Educacional Dominó, pedagoga e mestre em educação traz reflexões para os pais que se encontram com essa dúvida,




QUANDO É A PRIMEIRA VEZ DA CRIANÇA NA ESCOLA


         O mês de agosto é um mês em que recebemos diversos novos alunos na Unidade Escolar. O processo de adaptação de um novo aluno é sempre um momento muito delicado em qualquer época: difícil para a criança e para a família. A criança pode chorar, não querer ficar, mas tudo isso passa se a família manter-se segura, tiver confiança na escola e respeitar o tempo de adaptação. Em nosso blog temos uma postagem com dias especiais para esse processo.

        A dificuldade a mais que se coloca no meio do ano é que a maioria das crianças já está adaptada à rotina e os pais tendem a pensar que seu filho deveria entrar no mesmo ritmo dos demais. Contudo, é preciso conquistar a criança, respeitar seu tempo de adaptação.

          Ao início do ano todos estão em adaptação e os pais conversam e tem um ao outro para se apoiarem nesse processo. No meio do ano, como a maioria está adaptada os pais precisam redobrar sua segurança na escola, conversar sempre com a professora e a coordenação pois o diálogo e a confiança farão toda a diferença nesse processo.

         A vantagem é que a adaptação costuma ser mais rápida. Como a maioria das crianças está adaptada, são raros os momentos de choro na turma, o que deixa o novo aluno mais seguro no ambiente escolar.




QUANDO A CRIANÇA PRECISA SER TRANSFERIDA DE ESCOLA
    
       São diversos os motivos pelos quais os pais precisam transferir seus filhos de escola: mais proximidade à residência, mudança de cidade, questões financeiras e também por o aluno estar apresentando baixo rendimento.

        Neste último caso -baixo rendimento do aluno- é preciso avaliar bastante antes de fazer a transferência, Nem sempre mudar de escola resolve a situação: converse com a professora, com a coordenação e avalie o motivo de a criança não estar atingindo os resultados esperados. É preciso procurar soluções: um acompanhamento maior do aluno, reforço, recuperação, talvez a avaliação de um profissional, enfim, apenas mudar a criança de escola pode apenas transferir o problema de lugar. Transfira somente se vocês considerarem que a escola não conseguirá mais ajudar seu filho, ou seja, que já tenha se esgotado todas as estratégias de ação da família e a criança  realmente precise de  uma outra metodologia de ensino.

          

      É muito comum a criança não querer mudar de escola. A maioria de nós apresenta dificuldades à mudança. Pense na seguinte situação: se hoje seu chefe lhe dissesse que você irá trabalhar em uma nova unidade da empresa, com uma nova equipe, certamente você ficaria inseguro e receoso, pois não sabe exatamente como vai ser. Com a criança não é diferente. Ela ficará insegura, por isso cabe à vocês pais apoiá-la e mostrar as vantagens desse processo: valorize os diferenciais que a escola tiver como aula extra ou o espaço físico. Sempre diga que ela será aceita no grupo novo, pois é uma ótima criança e que os senhores estarão sempre ali, assim como a professora, para auxiliá-la.


    Mudar de amigos ou fazer mais amigos?
    Deixar os vínculos que construiu na escola anterior é um processo bastante difícil para a criança. Nós precisamos de vínculos para estarmos emocionalmente estáveis. Por isso, faça todo o possível para que a criança mantenha a amizade com os amigos da escola que sairá. Se for longe, utilize as redes sociais; se for próximo, organize visitas, passeios. Mostre para a criança que ela irá ganhar mais amigos e não perder sendo transferida de escola.
        Em todas as situações o mais importante é a segurança que a família irá passar para a criança.
   Parece um detalhe, mas a criança sente quando os pais estão confiantes e seguros com uma decisão e assim sente-se segura também. Converse bastante com a coordenação antes de escolher a escola, busque referências, tenha certeza que aquela instituição é o ambiente correto para seu filho. Tudo fluirá melhor com a sua segurança.

         Uma dica é evitar frases interrogativas para a criança: "Você quer ir à escola?" "Você vai ficar bem?" "A mamãe pode te matricular aqui?". Quando deixamos para a criança a decisão sobre suas emoções ela sente que os pais não estão confiantes na decisão e que cabe à ela a palavra final. Deixar a criança emocionalmente estável para a mudança demanda frases positivas e confiantes: "Essa escola é muito legal! Tenho certeza que você aprenderá bastante aqui"  "Você fará ótimos novos amigos na nova escola! No começo você vai estranhar, mas logo serão melhores amigos".


       Com confiança e segurança na escola, qualquer época do ano pode ser ótima para iniciar os estudos

terça-feira, 13 de junho de 2017

Inspirados no poema de Rubem Alves, nossa proposta tem sido iniciar sempre no material concreto o desenvolvimento de conceitos... Jogar com tampinhas foi divertido na turma do nível 4 e ainda proporcionou aos alunos o desenvolvimento da contagem e conceito de número.


"PARA SARA, RAQUEL, LIA E TODAS AS CRIANÇAS

(Rubem Alves)


Eu queria uma escola que cultivasse
a curiosidade de aprender
que é em vocês natural.

Eu queria uma escola que educasse
seu corpo e seus movimentos:
que possibilitasse seu crescimento
físico e sadio. Normal



Eu queria uma escola que lhes
ensinasse tudo sobre a natureza,
o ar, a matéria, as plantas, os animais,
seu próprio corpo. Deus.

Mas que ensinasse primeiro pela
observação, pela descoberta,
pela experimentação.

E que dessas coisas lhes ensinasse
não só o conhecer, como também
a aceitar, a amar e preservar.

Eu queria uma escola que lhes
ensinasse tudo sobre a nossa história
e a nossa terra de uma maneira
viva e atraente.


Eu queria uma escola que lhes
ensinasse a usarem bem a nossa língua,
a pensarem e a se expressarem
com clareza.

Eu queria uma escola que lhes
ensinassem a pensar, a raciocinar,
a procurar soluções.

Eu queria uma escola que desde cedo
usasse materiais concretos para que vocês pudessem ir formando corretamente os conceitos matemáticos, os conceitos de números, as operações... pedrinhas... só porcariinhas!... fazendo vocês aprenderem brincando...


Oh! meu Deus!

Deus que livre vocês de uma escola
em que tenham que copiar pontos.

Deus que livre vocês de decorar
sem entender, nomes, datas, fatos...

Deus que livre vocês de aceitarem
conhecimentos "prontos",
mediocremente embalados
nos livros didáticos descartáveis.

Deus que livre vocês de ficarem
passivos, ouvindo e repetindo,
repetindo, repetindo...




Eu também queria uma escola
que ensinasse a conviver, a
coooperar,
a respeitar, a esperar, a saber viver
em comunidade, em união.

Que vocês aprendessem
a transformar e criar.

Que lhes desse múltiplos meios de
vocês expressarem cada
sentimento,
cada drama, cada emoção."






quinta-feira, 14 de julho de 2016

Encerramento de Semestre C.E.D.

Metade da meta está cumprida!

Um semestre se passou e as APRENDIZAGENS e AMIZADES merecem ser celebradas! Para isso preparamos um encerramento muito especial!

Durante todo o semestre nos acompanhou um personagem muito especial: O Pequeno Príncipe. Este personagem serviu para motivar leituras e também muitas lições de vida. 

Desta forma, encerramos o semestre com uma linda lembrança aos alunos:


Também preparamos um passeio gostoso: 
fomos ao parque da cidade brincar no slackline e fazer um delicioso piquenique.



imagens do piquenique


aventura no slackline


As crianças puderam brincar e se divertir no parque:



E para fechar, amigo chocolate entre as turmas. 
Cultivar a amizade é um dos objetivos aqui no C.E.D.




Se eles gostaram?




Por este semestre é só!

Até agosto!





E que venha mais uma nova etapa,
Com mais um trabalho,
mais vontade, 
mais foco, 
mais coragem,
mais determinação, 
mais fé, 
mais amor,
E que a vontade de ser feliz seja maior que 
o medo de recomeçar...
tudo de novo!

..

quarta-feira, 8 de junho de 2016

Como ajudar seu filho na tarefa de casa?

                                                           TAREFA DE CASA


A Tarefa de Casa deve ser algo prazeroso, momento em que a criança irá refletir sobre seu aprendizado, ampliar o que viu em sala de aula e buscar mais informações a respeito do que aprendeu, estabelecendo assim, um momento de troca entre a criança e sua família.

A Tarefa de Casa não serve apenas para dar continuidade ao aprendizado em sala de aula. Ela pode ir muito além. A criança aprende o tempo inteiro e não só quando está estudando. A criança aprende com esta prática sobre procedimentos de estudante: compromissos com prazos, se organizar para ter tempo para estudar, buscar conhecimento em outras fontes de informação como livros, revista e internet.

          “Os Pais precisam compreender que a tarefa é uma atividade de competência da criança e não do adulto

Os pais devem orientar a criança na hora do estudo e se mostrarem participantes de sua vida escolar, dando a informação de forma adequada, e tentando ajudar sem resolver o problema para ela.

             A criança precisa estar em um ambiente adequado para estudar, contando com uma boa iluminação e pouco barulho para que fatores externos não atrapalhem na hora de fazer a tarefa de casa. Outro fator importante é que cada criança deverá ter em casa o seu material adequado para a realização de sua tarefa

quinta-feira, 12 de maio de 2016

E lá vem as reuniões de pais....

    Época de finalização de bimestre, chegam as convocações para as Reuniões de Pais.

    Janta para fazer, serviços a terminar e merecem aplausos as mães e pais que saem de sua casa e vão até a reunião!



     Não é fácil dispor de tempo e dedicação para as atividades escolares do filho, mas se tem uma coisa que lhes posso dizer é: ESSA DEDICAÇÃO FAZ TODA A DIFERENÇA!

      A criança que sente o elo entre sua família e a escola sente-se mais segura e estável. Quando os pais participam das reuniões e são parceiros da escola, a criança vai entendendo que precisa ter a mesma maneira de agir na escola e em casa. Aos poucos vai construindo uma personalidade amparada tanto pela escola como pela família.

Mas precisa ouvir tudo aquilo e demorar tanto tempo?
Precisa!
     A escola tem um contato diário com a maioria dos pais somente no portão  e via agenda escolar. Nesse tempo até consegue passar algum recado essencial, mas não consegue explicar sobre sua metodologia, debater assuntos profundos e importantes.

     Assim sendo, se você está indo à reunião de seu filho, separe pelo menos uma hora do seu dia para isso. A equipe escolar preparou assuntos que considera realmente importantes e merecem sua atenção.

     Em qualquer escola não costuma ter mais do que quatro reuniões no ano. Desta forma, quatro horas em 8760 que tem um ano, não são tanto tempo e valem a pena!

     Não marque médico neste dia, não diga à professora que não vai porque tem coisa mais importante para fazer. Tente ao máximo se organizar, pois a equipe escolar deixou tudo de lado neste dia também para receber você!

Mas eu não quero ouvir reclamação do meu filho!


    Houve um tempo em que a escola era seletista, ou seja, selecionava  quem deveria permanecer estudando. Hoje temos uma escola inclusiva, para todos. A diferença na escola seletista é que o professor se queixava do aluno até mesmo com a intenção de que ele saísse da escola e, assim, ficassem somente os bons.

     Hoje não queremos que nenhum aluno saia da escola. Assim sendo, quando o professor relata algum comportamento do aluno NÃO É PARA SE QUEIXAR AOS PAIS DA CRIANÇAS, mas, PARA OS PAIS ESTAREM CIENTES DO COMPORTAMENTO, DA APRENDIZAGEM e verificarem o que podem fazer junto com a escola.

     Não encare a fala do professor como reclamação. Escola e família, sendo parceiros precisam estar cientes do processo de desenvolvimento da criança e trabalharem juntos.

    Reunião de pais é lugar de diálogo: fale e ouça! Esteja aberto às mudanças necessárias... O objetivo da reunião é que os próximos bimestres sejam melhores!
     Todos unidos pela aprendizagem da criança!

*Texto Escrito por Camila Almeida- Coordenadora do Centro Educacional "Dominó" - Pedagoga, Mestre em educação.
www.blogdatiamila.blogspot.com